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Máscaras contemporâneas

Máscaras contemporâneas

O título deste livro pode remeter-nos, primeiro, ao teatro. Na Grécia Clássica e em outras tradições teatrais, a máscara permitia a um mesmo ator representar vários personagens. Talvez daí decorra a associação desta com a farsa, como artifício para esconder um Eu uno, verdadeiro, que se revela de diferentes formas em diversos contextos. Nos versos de Carlos Batista encontramos alusões a esses vários aspectos padronizados da realidade. Como ele nos revela, foi o trauma de perdas simultâneas - a casa, o trabalho, e pior, a possibilidade de trabalhar - que fez com que ele despertasse ao mergulhar em si. Dessa forma, descobriu suas várias mortes e renascimentos. Isso lhe revelou as diferentes verdades inventadas em um mundo onde o reino do consumo faz com que a mentira desapareça como ele diz. Nesse ponto, a narrativa, que nasceu individual, passa a ser coletiva. Criado na modernidade, a dor fez com que Carlos despertasse na pós-modernidade. Neste mundo, as ideias de progresso, de certeza, de identidade, deram lugar à diferença, à repetição, ao simulacro. E o que são máscaras, senão formas falseadas? Assim como os heróis trágicos, nosso Jasão partiu de um drama pessoal que, ao ser retratado, nos brindou com um desmascarar universal." 

- Leonardo Quirino

    R$ 35,00Preço
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